quinta-feira, 21 de abril de 2011

3º Dia ( sabado 16/04/2011)

Este dia começou e aproveitando parte da manhã com a visita à Medina de Chefchauen, a cidade azul.
Quem vê por fora não imagina o que vai encontrar por dentro, onde a cor azul anil das paredes das casas leva-nos para um mundo do fantástico. É simplesmente muito bonita, e que nada tem a ver com a Medina de Tetuan.





Já depois do check out feito e ainda da parte da manhã rumamos para o nosso próximo destino, Voulubilis (ruínas romanas às portas de Meknes).

Mal tínhamos feito os primeiros kms, fomos mandados parar pela policia que apenas procedeu a um controlo de rota. Quem e quantos éramos, de onde vínhamos e para onde íamos.
Passado este controlo, voltamos a rolar.

As estradas bastante sinuosas e o intenso tráfego, principalmente de pesados, não nos deixavam ter muita fluidez no nosso andamento.

A meio caminho fizemos uma paragem para almoço, onde tivemos o primeiro contacto com o que tínhamos tanto ouvido falar – a carne de vaca ou borrego pendurada às moscas.
O almoço revelou-se uma experiência e tanto. Foi o primeiro contacto com a culinária marroquina, as famosas tangines, que estavam simplesmente deliciosas.







De volta à estrada e conforme o trânsito nos deixava progredir, lá fomos andando a caminho de Voulubilis.

Pelo caminho íamos absorvendo esta nova realidade. Na estrada pouco são os troços com traço descontínuo, o que nos limitava e muito nas ultrapassagens.
Animais mortos na berma, alguns. Cães, cabras e burros.
Tivemos ainda a oportunidade na travessia de uma localidade, de passar no meio de um mercado tipicamente africano, onde toda a gente andava no meio da estrada, a pé, de bicicleta, de carroça ou simplesmente montados num burrito e isto com camiões a cruzarem-se connosco.





Finalmente chegados a Voulubilis, tivemos logo que começar a regatear o preço do estacionamento para as motos.
Voulubilis impressiona pela dimensão. Mas tínhamos a ideia de encontrar umas ruínas mais bem preservadas.
Mesmo assim valeu a visita.
Toda a paisagem em redor é estonteante, onde os campos cultivados são a perder de vista.





De volta à estrada, rolámos em direcção a Meknes que infelizmente o tempo não nos permitiu parar para visitar, mas só para um abastecimento.
À nossa passagem por Meknes, e entre o tráfego intenso e meio confuso desta cidade, a polícia com uma enorme simpatia lá nos ia facilitando nos cruzamentos e semáforos, mandando parar o trânsito para podermos passar.





A ligação entre Meknes e Fez, nossa cidade de destino neste dia, e onde nos aguardavam alguns elementos do Goldwing Clube Marrocos, que seriam os nossos anfitriões nesta cidade, foi feita através de auto-estrada onde pudemos rolar um pouco melhor.
Durante este percurso, podemos comprovar o que também já nos tinham dito – Cuidado nas auto-estradas pois vão encontrar pessoas a andar a pé nas bermas – e de facto encontrámos, mas não foi só, vimos também no separador central uma vaca morta.

Chegados a Fez, já estavam à nossa espera os nossos anfitriões com as suas belas Goldwings. Liderados pelo Mr. Jalil Madith (GSA da TAP Portugal em Marrocos), guiaram-nos entre o intenso trânsito até ao Hotel.





Motos estacionadas e apresentações feitas, combinámos então uma hora para que estes nossos novos amigos e anfitriões nos fossem buscar ao hotel para jantar.
Banhos tomados e muito mais fresquinhos, à hora combinada lá fomos com uma escolta de Goldwings até ao restaurante, o mais antigo de Fez localizado na Medina e que já se encontrava reservado para todos nós
O restaurante, Palais Mnebhi é um dos mais antigos e bonitos monumentos da historia imperial da cidade de Fez
Como podem imaginar fomos recebidos como realeza. Além da experiência gastronómica tipicamente marroquina, ainda podemos dançar ao som da música bérbere tocada e cantada por um grupo de músicos fantásticos que aí se encontravam

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Este final de dia foi a cereja no topo do bolo.

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