terça-feira, 26 de abril de 2011

4º Dia (domingo 17/04/2011)

Fez – Ifrane – Azrou – Midelt

Estando na cidade de Fez era obrigatório visitar a sua medina.

Fez (Faz em árabe) localiza-se no centro – norte do país e tem cerca de 1 milhão de habitantes.







A cidade de Fez foi fundada no século IX por Idriss II, tendo sido a capital de Marrocos durante vários períodos.



Nesta cidade e mais propriamente dentro da sua medina, está localizada a universidade mais antiga do mundo, a Universidade Al-Qarawiyyin, criada nos primórdios da cidade, neste momento vocacionada apenas ao ensino da religião muçulmana.



Medina de Fez foi declarada Património Mundial da UNESCO em 1981.

Fez tem várias cidades irmãs, das quais destacam-se Florença e Coimbra.

A sua medina, a segunda maior do mundo (primeira é a de Damasco), tem cerca de 300 bairros, 15 mil ruas, e nela habitam cerca de 250 mil habitantes. As suas muralhas têm 25 km de extensão. Tem 18 portas, e nós fizemos a entrada e saída pela mesma.




A imagem de marca desta cidade são as tinturarias e alcaçarias.

Aqui os homens trabalham com auxílio dos burros que permitem transportar as peles para as tinturarias.







Tradicionalmente estes locais ficavam longe das áreas residenciais e próximo dos cursos de água, mas aqui, as tinturarias e alcaçarias ficam no coração da medina.

Apesar da má fama do cheiro nauseabundo que emana destes locais (que não é assim tão mau), e com a ajuda de folhas de hortelã de nos deram para cheirar, conseguimos suportar bastante bem o odor que existia no ar.

Nas tinturarias, os homens permanecem mergulhados em tinas de água e pigmentos e tingem as peles e o corpo. Um olhar atento permite ver as condições de trabalho precário destes jovens. Não aguentam muito tempo mergulhados mas uma “espécie de fiscal” não permite saídas antecipadas e controla o seu pessoal.

Uma visita a estes locais é obrigatória. E de destacar de que, para se poder observar a tinturaria é necessário entrar através de lojas que criaram varandas e que no final tentam a toda a força vender artigos de pelo aos turistas que por aí passam.














Tivemos ainda a oportunidade de entrar e visitar outras lojas de especiarias e tecidos, onde mais uma vez tentaram à força o negócio.







Esta nossa visita à medina foi feita com um guia, situação que aconselho vivamente, pois torna-se bastante difícil fazê-lo só com auxílio de um mapa.

Nota: mais uma vez o preço do guia teve de ser negociado previamente, e o valor final para o grupo (22 pessoas) ficou nos 300 Dirhams (30€).

De regresso ao hotel e como já era hora de almoço, aproveitámos antes de levantar acampamento e fomos ao McDonald’s que se encontrava mesmo ao lado.

Depois de uns Big Mac’s, arrancámos.

Ifrane seria o próximo ponto de paragem para visita.


Aqui a paisagem começou a mudar radicalmente, estrada de montanha muito bem preservada, com uma paisagem a lembrar um pouco os Picos da Europa.






Ifrane, pequena cidade os estilo Europeu e estação de esqui no meio do Atlas.

Desenvolvida pelos franceses durante o protectorado para sua administração, devido ao seu agradável clima, esta cidade de Marrocos tem um aspecto notavelmente europeu, como se fosse uma vila alpina. Por causa da sua elevação, a cidade experimenta neve durante os meses de inverno e um clima fresco durante o verão. Em Ifrane também foi registada a mais baixa temperatura de África, - 23ºC, em 1935.

Ifrane é também residência de verão do Rei.

Fizemos então uma pequena paragem onde viemos a conhecer outro grupo de aventureiros como nós, estes alemães.


Entre Ifrane e Azrou, podemos visitar o Parque Natural de Ifrane, Cedre Gouraud. O parque natural é muito bonito e diferente daquilo que imaginamos quando se fala de Marrocos. Aqui no Norte do país, acima da cordilheira do Atlas há muitas zonas verdes, como é o caso deste fabuloso parque natural, com os seus enormes cedros.



Estas florestas são habitadas por macacos, e há vários locais onde estes se encontram e se podem observar e contactar de perto.

Infelizmente para nós só conseguimos ver um ao longe no meio das árvores.

Nesta nossa paragem houve quem experimentasse tirar umas fotos em cima de uns cavalos a troco de mais uns Dirhams.












De volta à estrada e até ao nosso ponto final para este dia, Midelt, apenas fizemos paragens para abastecimento.

A paisagem começou a mudar. O árido começou a ter lugar.





No final do dia e chegados ao hotel de destino tivemos uma agradável surpresa, o Hotel Kasbah Asmaa revelou-se um palácio no meio do nada. Simplesmente fantástico.







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