Manual de Sobrevivência


MARROCOS – MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA I

*Informações úteis
Marrocos recebe um grande número de visitantes, sendo o turismo uma das principais fontes de rendimento do país. O país tem boas infraestruturas turísticas e postos de turismo, tanto no país como no estrangeiro. Os hotéis marroquinos foram alvo de grandes reestruturações, e muitas regiões aumentaram a sua capacidade para acolher visitantes. Os grandes museus e monumentos históricos foram recentemente reorganizados, no sentido de serem melhor usufruídos por um maior número de visitantes. As formalidades alfandegárias são hoje mais fáceis e, embora o francês seja o idioma mais falado, pelo menos nos maiores hotéis e restaurantes e em todos os postos de turismo os funcionários falam inglês.

*Quando viajar
Marrocos é um país grande, com clima que varia entre as condições áridas e desérticas do Sul ao clima mediterrânico do Norte.
O pico da época alta no Sul de Marrocos é a Primavera, que vai de Março a meados de Maio, e, embora um pouco menos, no início do Outono, entre Setembro e Outubro. Nestes períodos, há muitas horas de sol e quase não chove.
O Verão é a melhor altura para visitar as costas atlânticas e mediterrânica. O Sul e o Centro são de evitar, pois nesta estação o calor é mais intenso. Mesmo quando os Invernos são amenos, tornam-se muito frios e a queda de neve a grandes altitudes pode bloquear as estradas de montanha.

*Informações Turísticas
Todos os grandes centros turísticos em Marrocos possuem uma agência de Office National Marocain du Tourisme (ONMT), que muitas vezes adopta o nome de Délégation Générale du Tourisme. As cidades mais pequenas têm um Syndicat d’Initiative (posto de turismo). Estes postos fornecem informações sobre os principais lugares de interesse, endereços de hotéis e restaurantes. Geralmente têm guias oficiais. As Délégations Générales e os Syndicats d’Initiative estão abertos das 8h30 às 12h e das 14h30 às 18h30. No Ramadão e no Verão, nas cidades com mais movimento, estão abertos das 9h às 17h.

*Passaportes e Vistos
Os cidadãos da União Europeia precisam de passaporte para entrar em Marrocos. O passaporte, que deve ser válido pelo menos por seis meses a partir da data de saída de Marrocos, permite-lhe permanecer no país durante três meses. Se este período for ultrapassado, as autoridades reagem com firmeza e, no mínimo, irão escoltá-lo até à fronteira.
Se pretender ficar em Marrocos mais de três meses, irá precisar de um visto.

*Euro - Dirham
A moeda oficial de Marrocos é o dirham ou dirame (código ISO 4217: MAD, símbolo DH), que se divide em 100 cêntimos.
A relação aproximada com o euro é de 1 dirham = 0,10 euro ou 1 euro = 10 dirhans
No mercado, estão disponíveis notas de: 200 DH, 100 DH, 50 DH e 20 DH. As moedas em uso são de 10 DH, 5 DH, 1 DH, e 0,50 DH.
Não deve esquecer-se de que o dirham não se pode importar nem exportar e, por isso, a sua aquisição, bem como o câmbio para outras moedas é possível apenas dentro de Marrocos. Aconselha-se a não trocar dinheiro na rua. É ilegal. É melhor ir até aos pontos de cartaz dourado, que estão autorizados pelo Estado. Emitem recibos das operações, que serão indispensáveis para reconverter os dirhans que lhe sobrarem na moeda de origem, no final da sua estadia. Da consulta de outros blogueiros viajantes e companheiros habituados a estas aventuras, quase todos aconselham a levantar dinheiro nas caixas multibanco logo à entrada ou, em alternativa, nos hotéis. Lembre-se que por cada levantamento automático paga uma taxa que é independente do montante levantado, sendo aconselhável levantar boas quantias de cada vez.
Os cheques de viagem também são aceites, embora a maioria dos bancos cobre uma comissão de cerca de 1 Euro por cada cheque de viagem.
(Fonte de informação principal: wikipedia)

*Regulamentos Alfandegários
Quando chegar à fronteira de Marrocos terá que preencher uma declaração da alfândega e entregá-la no controlo de passaportes. É permitido entrar no país com 200 cigarros, 75cl de álcool e pequenas quantidades de material fotográfico e equipamento de vídeo.
Drogas, armas de fogo e material pornográfico são estritamente proibidos.
Importar um veículo por um período limitado é possível, mas as formalidades são morosas. O veículo deve estar registado em seu nome, caso contrário, deverá apresentar uma autorização do proprietário do veículo.
Este documento deve estar traduzido para francês com a assinatura reconhecida no notário e depois autenticada no Consulado do Reino de Marrocos.
O Seguro do carro deve cobrir o território marroquino, caso contrário deve fazer um seguro provisório à entrada no país.

*Língua
A língua oficial em Marrocos é o árabe, que é falado por quase todos os cidadãos nacionais. O francês, um vestígio do Protectorado, também é muito usado, pelo menos nas grandes cidades. Os habitantes dos meios urbanos possuem um bom domínio do francês. Este é menos comum nas áreas rurais, excepto entre os mais velhos. No Sul, o idioma berbere é muito falado, sobretudo nas áreas rurais.
Em Tânger, devido à proximidade com Espanha, o espanhol é compreendido e falado nos enclaves espanhóis. Em Agadir, ouve-se mais o alemão, o que atrai muitos turistas da Alemanha. O inglês só é falado pelas pessoas que estão ligadas ao turismo, como guias e alguns funcionários dos maiores hotéis.

*Normas Sociais
Os Marroquinos são um povo muito amigável e hospitaleiro. Terá muitas oportunidades de falar com eles e poderá até ser convidado a entrar nas suas casas. Porém, Marrocos é um país muçulmano e devem ser respeitados certos costumes para evitar situações ofensivas. É importante vestir-se adequadamente (principalmente as mulheres não devem andar com o corpo exposto), não fotografar marroquinos sem a sua autorização e evitar temas delicados nas conversas. Se for convidado a ir a casa de uma família marroquina, deve também ter em conta algumas regras de etiqueta. Assim, será apreciado pelos seus anfitriões.

*Hospitalidade
Entre os marroquinos a hospitalidade é mais do que uma tradição, é uma honra. Após apenas alguns minutos de conversa, os comerciantes nos souks e os habitantes das regiões mais remotas do Atlas convidam-no a ir à sua casa para tomar chá ou para uma refeição. É difícil recusar estes convites e a recusa pode ser interpretada como uma ofensa.
Quando entrar numa casa, descalce os sapatos se já houver sapatos à porta. Isto é um sinal de respeito para com o anfitrião. Geralmente são os homens que fazem o convite, embora seja certo que também irá ver as mulheres da casa – nesse caso evite o excesso de confiança. Aceitar um convite de um comerciante de um souk não o obriga a comprar seja o que for. Finalmente, se for convidado por marroquinos de poucas posses, nunca se ofereça para pagar a sua refeição. Um pequeno presente será muito mais bem aceite e uma melhor forma de agradecer aos anfitriões.

*Partilhar Refeições
Se for convidado para tomar uma refeição na casa de uma família marroquina, conte com enormes quantidades de comida. Tal como outros convites, é difícil recusar a primeira, assim como a segunda vez que o quiserem servir.
Os Marroquinos geralmente comem com as mãos, com a ajuda de um pedaço de pão. Se não dominar esta técnica, dar-lhe-ão talheres. Ao comer, deve usar a mão direita pois a mão esquerda, usada para a higiene pessoal, é tradicionalmente considerada impura.
Uma refeição marroquina termina invariavelmente com um chá de hortelã. É vulgar beber três ou quatro copos desta infusão açucarada. Mais uma vez, é muito difícil recusar.

*Fotografia
Em Marrocos pode tirar fotografias em quase todo o lado. Em alguns museus é cobrada uma taxa suplementar se quiser tirar fotografias, e noutros não é permitido fazê-lo.
Evite tirar fotografias a edifícios militares ou oficiais, pois o rolo pode ser-lhe confiscado e poderá ser interrogado pelas autoridades.
Antes de apontar a objectiva para alguém, peça a autorização dessa pessoa, pois os marroquinos têm uma desconfiança crónica de qualquer tipo de imagem. Lembre-se de que qualquer pessoa que concorde em ser fotografada lhe poderá pedir dinheiro, sobretudo nos principais locais turísticos.

*Costumes Muçulmanos
Todas as mesquitas, excepto a Grande Mesquita de Tin Mal, são vedadas a não-muçulmanos. Ao visitar estas mesquitas descalce os sapatos e aja com o respeito apropriado à natureza sagrada do edifício.
Nunca insista em entrar numa mesquita e não tente espreitar para o interior através da porta. Esse comportamento pode ser considerado sacrilégio.

*O que Vestir
A atitude em relação ao vestuário mudou muito em Marrocos, tanto que em grandes cidades é agora vulgar ver mulheres vestidas ao estilo ocidental. Mesmo assim, não deve usar roupa curta ou decotada ao explorar os bairros tradicionais das cidades ou ao visitar o interior do país. As saias curtas, os calções e as peças que deixem o peito ou os ombros descobertos são consideradas ofensivas. As mulheres poderão usar um lenço na cabeça para evitar chamar a atenção. As mulheres em topless na praia ou na piscina são muito mal vistas. A nudez é estritamente proibida em Marrocos e os nudistas correm risco de serem presos.

*A Monarquia
Desde a ascensão ao trono de Mohammed VI, a atitude em relação à monarquia é muito mais descontraída. Poderá mesmo ouvir marroquinos a criticar abertamente o rei. Mesmo assim, o tema da monarquia continua a ser tabu em Marrocos. Como regra geral, não deve exprimir uma opinião mordaz sobre o assunto e nunca desrespeite a imagem do rei, que está exposta em todas as lojas e lugares públicos. Por fim, tenha em conta que os marroquinos são muito patrióticos e que qualquer discussão acerca do país depressa se torna acesa.

*Regatear
Poderá desiludir fortemente um comerciante se não mostrar interesse em regatear – outro costume marroquino. Regatear é um hábito de interacção entre vendedor e comprador, em que o valor pedido pelo vendedor e o oferecido pelo cliente vai sendo lentamente negociado, e cujo processo culmina com um valor justo para ambos.
Ao regatear, deve sorrir sempre, pois todo o processo é encarado como um jogo.

*Tabaco
Raramente os espaços públicos têm áreas onde é proibido fumar.
Excepto nas grandes cidades, ainda pode ser considerado chocante uma mulher fumar em público. Fumar kif (haxixe) é tecnicamente ilegal e é melhor evitar qualquer contacto com os traficantes.


MARROCOS – MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA II

*Saúde e Segurança
O Crime em Marrocos não é pior do que em outros países e a maioria dos visitantes não terá grandes problemas. O facto de a polícia ter uma presença significativa contribui para este grau de segurança pessoal. Como em qualquer outro país, devem ser tomadas algumas precauções para evitar chamar a atenção de carteiristas. Os visitantes também devem ter em conta que o consumo de drogas, sobretudo no Norte do país, é uma das principais ameaças à segurança pessoal. A melhor atitude é não ter qualquer ligação a drogas, mesmo que leves. A qualidade dos hospitais de Marrocos é irregular e as clínicas privadas são muito caras, sendo por isso aconselhável fazer um seguro de saúde antes de viajar.

*Vacinas e Pequenos Riscos de Saúde
Não são necessárias vacinas especiais para quem visita Marrocos, excepto para quem vier de um país onde haja febre-amarela. No entanto, é aconselhável vacinar-se contra as hepatites A e B e a febre tifoide. Visitar certas regiões do Sul de Marrocos no Verão implica um certo risco de exposição à malária.
Seja qual for a duração da sua estada em Marrocos, ou onde quer que vá, leve um estojo de primeiros socorros consigo. Este deve incluir gaze, ligaduras, desinfectante e seringas sobretudo se pretende passar algum tempo em áreas rurais desabitadas.
Para evitar insolações, beba muita água, use sempre chapéu e um protetor solar.

*Cuidados Médicos
Embora quase todos os hospitais de Marrocos tenham excelentes médicos especialistas, possuem poucos fundos e falta de equipamento. A higiene também é algo deficitária.
Se puder optar, escolha uma clínica privada. Embora sejam caras, a assistência prestada está ao nível da europeia.
A embaixada ou o consulado de Portugal podem fornecer-lhe uma lista de médicos e hospitais recomendados.

Hospitais e Clinicas

Rabat
Hôpital Ibn Sina  – Telf (037)67 28 71
Marraquexe
Polyclinique du Sud – Telf (024)44 79 99 ou (024)44 76 19
Casablanca
Hôpital Ibn Rochd – Telf (022)22 41 09 ou (024)48 20 20

*Emergências
No caso de acidentes em casa ou na estrada, os bombeiros são os primeiros a chegar ao local. As suas ambulâncias são geridas pelo Crescente Vermelho de Marrocos e têm escrito Ambulance. No caso de emergências médicas que ocorram na rua, as ambulâncias SAMU levam-no ao hospital mais próximo. Diga ao condutor da ambulância ou do táxi para que hospital (privado) ou clinica pretende ir; caso contrário, será levado para o hospital público mais próximo. Nas regiões mais remotas, a única forma de chegar ao hospital é de táxi.

SAMU Casablanca –Telf (022)25 25 25
SOS Médicins Rabat – Telf (037)20 20 20
SOS Médicins Marraquech – Telf (024)40 40 40 ou (070)41 95 57
Bombeiros – Telf 150

*Farmácias
Todas as farmácias em Marrocos têm um sinal em forma de crescente. As de serviço estão abertas ao domingo. Para saber quais as farmácias de serviço, veja a lista afixada na montra das farmácias fechadas. Nas grandes cidades, as farmácias estão abertas 24h.
Os farmacêuticos são prestáveis e habilitados a dar-lhe conselhos sobre pequenos problemas de saúde. Certos medicamentos que na Europa são só vendidos com receita médica são de venda livre em Marrocos e vice-versa.

*Comida e Água
Muitos visitantes de Marrocos sofrem de estômago, causados pela mudança na dieta. Evite beber água da torneira, sobretudo nas zonas rurais, bebendo sempre água mineral engarrafada.
Certifique-se de que a garrafa é aberta à sua frente. Não ponha gelo em nenhuma bebida e evite os sumos diluídos de fruta fresca.
Tenha cuidado com as saladas e os legumes crus e com os frutos e legumes com casca – devem ser bem lavados. A comida preparada em bancas de rua é outro risco potencial.
Quem tiver o estômago delicado deve evitá-la. Felizmente, os marroquinos gostam da carne bem cozinhada, o que elimina parasitas como a ténia, que abunda em Marrocos.

*Insectos
Não há insectos especialmente nocivos em Marrocos, mas os escorpiões, cobras, baratas e aranhas são comuns nas zonas rurais. Verifique a sua roupa e sapatos antes de se vestir, sobretudo de estiver a acampar em zonas rurais.
Se for mordido por uma cobra ou aranha ou picado por um escorpião, use uma bomba de sucção na ferida. Este aparelho vende-se nas farmácias de todo o país. Os mosquitos podem ser extremamente incomodativos nos Oásis no deserto. Um repelente de mosquitos eficaz também é essencial. Sobretudo no Verão.

*Doenças Graves
Deverá ter cuidado com o que ingere para evitar contrair a cólera. No caso de ter uma diarreia grave que continue mesmo depois de tomar medicamentos apropriados, consulte um médico de imediato.
Os animais vadios – sobretudo cães – podem ter raiva. Se for mordido, é essencial que seja  assistido imediatamente.

*Segurança Pessoal
A violência é rara, e pode ir a qualquer lado sem correr sérios riscos de segurança. Os assaltos e roubos graves não são um problema generalizado, graças ao grande número de encarregados que complementam o trabalho da polícia e atuam como inibidor eficaz.
No entanto, os carteiristas com técnicas aperfeiçoadas frequentam os souks e os turistas desatentos são os alvos principais.
Se for vitima de roubo, comunique-o de imediato na esquadra da polícia mais próxima. Se pretender participar ao seguro, peça uma cópia do relatório da polícia, que deve ser escrito em francês e não em árabe.

*Polícia
Os agentes da polícia – fardados ou à paisana – e a polícia de trânsito são omnipresentes nas cidades e vilas marroquinas, bem como nas estradas do país, possuindo poderes consideráveis.
A polícia de Marrocos, que em tempos tinha fama de corrupta, adoptou uma atitude muito cortês na forma de lidar com os turistas.
No caso de problemas mais sérios, deve contactar o consulado de Portugal o mais depressa possível. Aqui dar-lhe-ão conselhos e assistência para lidar com os pormenores do sistema legislativo de Marrocos.

Embaixada de Portugal em Marrocos
Chancelaria: 5, Rue Thami Lamdouar Souissi – Rabat
Telf (212) 756 446 a 50
Fax (212) 756 445
Consulado Portugal Agadir
Chancelaria: 3éme étage Av. Hassan II
Telf/Fax (2128) 843 899
Consulado Portugal Casablanca
Chancelaria: 104, Boulevard de Paris
Telf/Fax (2122) 220 214
Consulado Portugal Tânger
Chacelaria: 9, Place des Nations Immeuble Coficom, Appartements 15 et 16
Telf (2129) 34 05 52
Fax (2129) 33 05 42
Polícia
Telf 177, 190


MARROCOS - MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA III

*Comunicações
A rede de telefones marroquina é gerida pela Maroc Télécom, a Meditel e a Wana. A rede melhorou significativamente e presta um serviço eficiente, apesar de alguns problemas ocasionais. O uso de telemóveis é hoje generalizado.
Os serviços postais são geralmente de confiança, embora as entregas possam ser sujeitas a atrasos prolongados. A televisão de Marrocos tem-se debatido com a forte concorrência dos canais de satélite e programas estrangeiros. Os jornais, muitos dos quais em francês, focam a atualidade em Marrocos e no cenário internacional.

*Telefones Públicos
Os telefones públicos são relativamente raros, encontrando-se geralmente à entrada das estações de correio, junto dos mercados e das paragens de autocarro.
Os telefones de moeda ainda são muito comuns e aceitam moedas até 5 dirhans. Devido ao número de moedas necessárias, não é prático fazer chamadas internacionais de um telefone de moedas. Essas chamadas devem ser feitas de um telefone que funciona com cartão.
Os cartões telefónicos vendem-se nos correios e em tabacarias que ostentam um sinal azul e branco com três aros interligados.
Em alguns telefones funciona um  sistema ilegal de aluguer de cartão. Um portador do cartão insere este, anotando as unidades ainda existentes no cartão. Você faz a chamada e paga no fim (baseado na diferença entre o número de unidades antes e depois do telefonema). As chamadas feitas por este método são mais caras, mas evitam ter de comprar um cartão completo.

*Centrais de Telefones Públicos
O número de pequenas centrais de telefones públicos, chamadas téléboutiques, multiplicou-se em Marrocos. Estas centrais são geridas por operadoras privadas ou por uma das três operadoras nacionais. Possuem cabinas de telefone (geralmente cor de areia) com telefones que funcionam com cartão, com moedas ou com contador. Os cartões comprados aqui por vezes só funcionam nos telefones da central onde foram comprados ou em telefones da mesma operadora. Em geral nestas centrais também é possível enviar e receber faxes.

*Telemóveis
Em Marrocos quase todas as pessoas têm um telemóvel. As três operadoras concorrentes, Méditel, Maroc Télécom e Wana, travam uma feroz batalha de preços. A rede é excelente e os telemóveis podem ser usados mesmo nas regiões mais remotas do país.
A maioria das operadoras de redes europeias tem acordos com uma das duas operadoras marroquinas, para que os turistas possam usar os seus telemóveis em Marrocos (mas as chamadas são caras). Os utilizadores de telemóveis podem comprar um cartão SIM pré-pago de uma das redes de telemóveis marroquinas. Por um preço razoável (até 200 dirhams), ficará com um número marroquino através do qual poderá fazer chamadas nacionais ou internacionais com um tarifário mais económico.

*Cibercafés
Nas grandes cidades é frequente encontrar cibercafés. Aqui pode consultar o seu e-mail e navegar na Internet. Os preços variam consoante o estabelecimento e são calculados de acordo com o tempo online.


MARROCOS - MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA IV

*Viajar de Carro/Moto em Marrocos
A melhor forma de viajar em Marrocos e de explorar os locais históricos do país e paisagens naturais em áreas que não são servidas por transportes públicos é de carro (no nosso caso de moto). A fraca rede de estradas está constantemente a ser melhorada e o número de estradas empedradas significa que um veículo todo-o-terreno não é essencial, mesmo no Sul. O maior risco são os hábitos de condução marroquinos, mas os turistas depressa se habituam a eles.

*Código de Estrada
O código de estrada de Marrocos baseia-se no de França, pelo que a prioridade é geralmente dada à direita. Nas rotundas, têm prioridade os veículos que já estiverem a circular nela.
Em geral, os condutores marroquinos respeitam os semáforos, talvez porque na maioria dos cruzamentos há policia.
Os limites de velocidade são de 40 ou 60Km/h nas localidades, 100km/h nas estradas principais e 120Km/h nas autoestradas. Ao chegar a uma cidade, surgem por vezes sinais que indicam diferentes limites de velocidade. Em caso de dúvida, mantenha-se nos 40Km/h, pois os controlos de velocidade são comuns nestes locais. As multas por excesso de velocidade e outras infracções foram aumentadas recentemente e rodam agora os 300 a 600 dirhams.

*Sinais de Trânsito
Marrocos usa o sistema internacional de sinalização rodoviária, que na sua maioria exibe dizeres em francês e em árabe. Nas grandes cidades os sinais informativos são raros, pelo que é aconselhável andar sempre com um mapa ou com indicações fiáveis. A sinalização nas estradas principais e nas autoestradas é boa. A iluminação é quase inexistente, excepto na aproximação das grandes cidades.

*Perigos na Estrada
Circular dentro das localidades é difícil sobretudo devido à grande variedade de veículos que usam as estradas. Evite conduzir à noite, quando as carroças e bicicletas sem iluminação são um verdadeiro perigo. À noite as regras de trânsito não são respeitadas nas cidades. Tenha cuidado com os peões que atravessam nas passadeiras e até nas autoestradas. Os piscas raramente são usados e terá de aprender a antecipar as mudanças de direção dos outros veículos. Muitas das estradas principais têm apenas uma faixa para cada sentido, o que pode dificultar as ultrapassagens. Nas estradas de montanha, os táxis e autocarros são muitas vezes conduzidos de forma perigosa. Buzine quando estiver a fazer uma curva apertada.

*Estradas e Caminhos
A densa rede de estradas marroquina está em constante melhoramento. Para aproveitar os trechos mais recentes de estrada, compre um mapa o mais atualizado possível. A bem desenvolvida rede de estradas no Norte do país está gradualmente a ser substituída por autoestradas. A rede de estradas no Sul de Marrocos é menos densa e as poucas estradas secundárias na região estão em mau estado de conservação.
No Sul e nas montanhas do Atlas, as estradas empedradas servem a maioria dos lugares de interesse turístico e são complementadas por uma rede de caminhos relativamente boa.

*Conduzir nas Cidades
O volume de trânsito nas cidades e vilas maiores pode ser considerável, e o número cada vez maior de veículos na estrada provoca vários engarrafamentos, agravados pelas inúmeras bicicletas e motorizadas que também obstruem a circulação. Embora seja possível conduzir na maioria das Medinas (as zonas antigas da cidade), as suas ruas estreitas e os muitos becos sem saída podem dificultar a circulação. É muito mais agradável percorrê-las a pé.

*Conduzir nas Zonas Rurais
Ao conduzir em estradas secundárias nas zonas rurais, deve estar atento aos animais, como burros e rebanhos de ovelhas ou cabras, que andam à solta sem vigilância. Os camiões e autocarros que percorrem as estradas podem atrasar a circulação, e as ultrapassagens sobretudo nas montanhas, são difíceis. Circular nas estradas estreitas é muitas vezes perigoso. Reduza a velocidade para evitar colisões.

*Combustíveis
 As estações de serviço encontram-se espaçadas a intervalos relativamente frequentes nas estradas, mesmo nas áreas mais remotas. Embora a gasolina e o gasóleo existam em grande quantidade, a gasolina sem chumbo raramente é vendida fora das cidades. As entregas de combustível nas estações de serviço das áreas rurais são irregulares. Onde quer que esteja, deve encher o depósito antes de iniciar uma viagem longa.
É raro haver abastecimento self-service - deve esperar pelo funcionário e pagar-lhe em dinheiro, incluindo a gorjeta.

*Estacionamento
Nas cidades e vilas maiores todos os parques de estacionamento têm um funcionário, identificado com um pequeno emblema de bronze, que o ajuda a estacionar, vigia o seu carro (moto) e o ajuda a fazer a manobra para sair. O pagamento deste serviço varia conforme o tempo que deixou o carro (moto) estacionado, e fica ao critério do condutor. Pague 1 ou 2 dirhans por uma curta estada e 5 dirhans por várias horas de estacionamento.
Se quiser estacionar por um período mais prolongado (durante a noite por exemplo), é aconselhável chegar a um acordo com o funcionário antes de deixar o veículo. A vantagem deste sistema é que os casos de roubo e assalto de viaturas são praticamente inexistentes.

*Em Caso de Acidente
Se tiver um acidente na estrada, convém esperar que chegue a policia. Geralmente chega depressa e poderá arbitrar em caso de desacordo. As declarações oficiais, são semelhantes às utilizadas na Europa, vendem-se nas tabacarias.


MARROCOS - MANUAL SOBREVIVÊNCIA V

*Circular nas Cidades
Os locais históricos mais importantes nas cidades de Marrocos ficam frequentemente nas Medinas (zona antiga da cidade), onde a melhor forma de se deslocar é a pé pelo labirinto de ruas estreitas e becos sem saída. Mas, como muitos hotéis ficam nos bairros mais modernos da cidade, os visitantes precisam de usar autocarros ou táxis. Embora os autocarros sejam um meio barato de se deslocar numa cidade, os visitantes podem ficar desconcertados com o seu funcionamento e com os percursos. Os petits táxis dão muito mais flexibilidade, a um preço relativamente baixo. Em algumas cidades, os serviços de um guia são indispensáveis para evitar perder muito tempo à procura de um caminho, mas outras cidades são muito mais fáceis de explorar.

*Petits Táxis
Estes automóveis identificam-se pela cor, que é diferente em cada cidade, e pelas palavras petit táxi no tejadilho. São proibidos por lei de irem além das áreas urbanizadas e só podem ser alugados para trajetos curtos.
O uso de taxímetros é cada vez mais comum. Deve sempre pedir ao motorista para ligar o taxímetro e estar preparado para arredondar a quantia, geralmente pequena, indicada no fim da viagem. O preço usual por um trajeto curto de um dia num petit táxi é de 10 a 20 dirhans. À noite é somada uma taxa de 50%. Os táxis são pagos em dinheiro, e é importante ter bastantes moedas pois os taxistas raramente podem dar troco de uma nota 100 ou 200 dirhans.
Os petits táxis normalmente levam até três pessoas (duas atrás e uma à frente) e fazem paragens ao longo do trajeto para apanharem outros passageiros que vão na mesma direção, o que permite reduzir o custo da viagem.
O melhor é pedir para ir para um restaurante, hotel ou edifício histórico específico do que dizer o nome da rua. Embora a maioria dos motoristas conheça bem a cidade onde trabalha, orienta-se por pontos de referência e não pelos nomes das ruas. As paragens de táxis são assinaladas por um sinal rectangular branco que diz “táxi”. Também pode fazer sinal a um táxi na rua. Graças ao grande número de táxis que circula nas cidades, não é habitual ter de esperar muito. Não há empresas de rádio-táxis, mas alguns motoristas têm telemóvel e dão-lhe o seu cartão.
Se um percurso implicar percorrer um caminho de terra batida, o preço geralmente aumenta. Neste caso o custo da viagem deve ser acordado no inicio.

*Andar a pé
As cidades marroquinas, e as Medinas em particular, têm pouca sinalização para peões, pelo que um mapa de ruas é bastante útil. Também pode pedir indicações, em troca de algumas palavras de agradecimento em francês, ou em dinheiro, caso a pessoa a quem perguntou a levar até ao local. O centro das cidades é fácil de explorar a pé e é mais apreciado se for a um ritmo descontraído, sobretudo se tiver tempo para apreciar o labirinto de ruas estreitas. Os carros, motorizadas e bicicletas têm pouco cuidado com os peões, pelo que deve ter atenção quando atravessar a rua.
As ruas nas cidades de todo o país são muito seguras. Existem, no entanto, bairros sujos, mas raramente são frequentados por turistas. Nos locais turísticos, a presença reforçada da polícia e o grande número de transeuntes (marroquinos e visitantes são a maior garantia de segurança). Tenha cuidado especialmente nas ruas pequenas cheias de gente, onde por vezes se escondem carteiristas.

*Guias Turísticos
Os falsos guias outrora omnipresentes nos locais turísticos tornaram-se mais discretos desde que foram tomadas medidas para acabar com os guias sem cartão oficial. Mesmo com um mapa de ruas, há cidades difíceis de explorar. Os serviços de um guia podem ser necessários em certas vilas ou cidades, em especial nas maiores Medinas, como a de Fez. Os guias oficiais têm cartões de identificação, quase sempre fixos ao vestuário. Estes cartões são emitidos pelo Ministério do Turismo e têm uma fotografia do titular. Os guias oficiais podem ser pedidos em postos de turismo e através dos hotéis. Em qualquer dos casos, certifique-se de que têm o cartão. Muitas vezes também esperam junto de hotéis e edifícios históricos. Especifique que edifícios e outras atrações pretende ver e se quer ou não ir a lojas. Os preços são fixados pelo governo, mas combine sempre o valor com o guia desde o inicio.

Referência bibliográfica
Guia American Express, Marrocos, 2009, Ed. Civilização

Informação complementar

5 comentários:

Pedro Roque disse...

Esta página pretende ser dinâmica. Se algum visitante tiver alguma sugestão ou quiser ver esclarecida alguma questão relacionada com este tópico, acrescentaremos/corrigiremos a informação.

Rui Pessoa disse...

Tentámos resumir da melhor forma as informações que achamos mais importantes para quem como nós vai pela primeira vez a Marrocos.

Como disse o Pedro, quem quiser contribuir com mais informações que julguem importantes, força

Antonio Pinho disse...

Muito útil a informação que colocaram, na minha opinião de leitura obrigatória.

Uma informação que não vi incluída (pode ter-me escapado :-)) diz respeito à moeda "dirhams", e valor relativo ao € e locais aconselháveis para "cambiar"/levantar.
Um abraço e obrigado pela informação

Pedro Roque disse...

Obrigado António. Faltava de facto esta informação importante. Adicionei um 5º subtítulo (Euro - Dirham) ao Manual de Sobrevivência I. Qualquer outra questão, dispõe.
Um abraço

Unknown disse...

Muito útil e completo, bom trabalho de pesquisa :))
Hugs :))

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